sexta-feira, 13 de novembro de 2009

€nsino Sup€rior


É uma realidade que estudar no Ensino Superior, em Portugal, é caro.

Os gastos das famílias com o ensino superior correspondem a 11% do PIB per capita português (valores de 2005). Dez vezes mais do que na Finlândia, quase quatro vezes mais do que na Bélgica, Suécia e Irlanda, mais do dobro dos gastos na Áustria e quase o dobro dos 6% que pagam os franceses.

Apesar de suportarem uma carga pesada, os estudantes nacionais são ainda dos que menos apoio recebem, da accão social.

Custo médio anual total da frequência no ensino público: 5310 euros.

Entre 1995 e 2005 as proprinas no ensino público subiram 452%.

Tese de Doutoramento "O Financiamento do Ensino Superior - A partilha de custos", de Luísa Cerdeira


Em 1992 ingressar na universidade custava 6€!

No nosso país, quase todas as faculdades praticam o valor máximo de propinas.

Na nossa escola o valor anual da propina é de 996,85€ (valor máximo Ensino Superior).

Não há subsídios de alimentação nem de transporte aquando da realização dos Ensinos Clínicos.

Todo o material é comprado (fardas, sapatos e outros).

Não há dinheiro para ajudar os alunos... Mas há dinheiro para pagar quase 5000€ a muitos professores incompetentes que lá andam!

E agora temos que ir fazer o Ensino Clínico de ESCF em Sines ou na Nazaré?


Lisboa - Sines: 162 Km

Lisboa - Nazaré: 139 Km


Aguardamos ansiosamente pelo dia 23 de Novembro.

Esperamos que ninguém leve armas...

13 comentários:

anadomingues disse...

Cada aluno deslocado devia pedir dinheiro para estágio, por cartinha, a quem de poder.
E mais, agora uns quantos vão ser obrigados a mobilidade nacional, como se supostamente não devesse ser algo feito por sua própria vontade...

Movimento de Acção na Saúde disse...

MAS - Movimento Acção na Saúde
http://accaonasaude.blogspot.com

Terminou mais um ciclo eleitoral. Nas legislativas, o PS perdeu mais de meio milhão de votos e 23 deputados, sendo chamado a formar governo, agora sem maioria absoluta. Este desgaste eleitoral significativo expressa de forma distorcida a acesa contestação social que marcou o anterior governo. Lutas sucessivas de milhares de funcionários públicos - com destaque para os professores - de milhares de trabalhadores de empresas do sector privado, que fecharam ou ameaçaram fechar e as contestações populares ao encerramento de maternidades, centros de saúde e emergências hospitalares traduziram-se nalgumas das maiores manifestações desde o 25 de Abril, mas foram insuficientes para derrotar definitivamente Sócrates. Para tal contribuíram a estratégia das direcções sindicais, que não só advogaram “tréguas eleitorais” como assinaram vários acordos vergonhosos com o governo, bem como das forças à esquerda do PS que abdicaram de construir uma plataforma unitária que surgisse como alternativa real de governo. Assim, Sócrates mostrou aos eleitores que a opção era entre ele e Ferreira Leite e Manuel Alegre aproveitou para apelar ao voto no PS, impedindo a perda de votos de um importante sector crítico que representava.

O novo Sócrates é igual a si mesmo, não nos iludamos. Na educação, Isabel Alçada já afirmou que não alterará o estatuto da carreira docente ou a avaliação dos professores. No trabalho, Helena André - profissional sindical desde os 21 anos – fez prontamente saber que não será a ministra dos sindicatos e que “o anterior governo lançou uma série de políticas muito importantes" e que essas bases têm de ser consolidadas, estando fora de questão a revogação do Código do Trabalho. Quanto à saúde, a substituição ministerial já se tinha dado na anterior legislatura, não para mudar de políticas, mas para travar a contestação. Até o ex-Director Geral da Saúde, Constantino Sakellarides, afirmou: “Há ministros do núcleo duro e há ministros simpáticos para apaziguar o povo. E a ministra da Saúde faz parte destes.” “Todas as reformas do Correia de Campos continuaram com um ritmo próprio da segunda parte do ciclo político.” Que é como quem diz, só não avançaram mais no ataque aos trabalhadores e aos utentes do SNS porque tinham de acalmar os ânimos e preocupar-se em ganhar as eleições novamente.

Mesmo sem maioria absoluta, Sócrates tem nas bancadas à sua direita muitos interessados em sair da crise à custa dos tabalhadores e do desmantelamento dos serviços públicos, que apoiaram as suas medidas neste sentido. A nossa resposta terá de ser de forte oposição desde já, sem tréguas. As direcções sindicais devem organizar a luta contra o código do trabalho, pela reposição de direitos na Segurança Social, pela redução do horário máximo semanal para as 35 horas, sem redução de salário, para combater o desemprego. Devemos também, desde já, pressionar os dirigentes sindicais e mobilizar-nos para que as nossas carreiras não sejam feitas à medida do governo, nas mesas de negociações, mas que traduzam melhorias nas nossas condições de trabalho. Com este governo já tivemos más experiências que cheguem.

Tiago Nascimento disse...

Os estudantes bolseiros podem pedir uma revisão da sua bolsa aos Serviços de Acção Social da ESEL que pode aumentar substancialmente para compensar o aumento dos custos. Também aqueles que pediram bolsa mas cujo pedido foi negado podem pedir novamente uma reapreciação do processo e pode ser concedida bolsa. Os que não pediram bolsa não têm acesso e este apoio.

Artigo:
Artigo 19º do Decreto Lei da 2º Série - Nº 46 - 6 de Março de 2007

A AEESEL vai voltar a reencaminhar o mail com o artigo completo e toda a explicação acerca deste assunto.

Mais alguma informação podem contactar a AE ou a FNAEE.

Saudações Académicas,

Tiago Nascimento
AEESEL/FNAEE

Nelson Sousa disse...

Eu tenho uma teoria. Eles queriam que nós todos nos unissemos enquanto CLE único não foi?! Pois bem estão a conseguir! Espero é que estejam preparados para um CLE Inteiro Vs ESEL/Comissões/Afins.

Esperemos pelos próximos episódios, ou melhor, pelos próximos "incidentes".

Anónimo disse...

ó Tiago e os alunos que ñ pediram apoio?? significa que sao ricos e podem ir para o cu de judas??

Anónimo disse...

nélson... correcção: "icidente"

Estudantes pela Enfermagem disse...

O Estudantes pela Enfermagem agradece à AEESEL a (re)divulgação do Decreto-Lei que permite aos alunos bolseiros um acréscimo do apoio social.

Esperamos que continuem o vosso trabalho, sempre no sentido de apoiar as causas dos ALUNOS.

Joana Silva disse...

desculpem a ignorância, mas o que vai acontecer no dia 23 de Outubro??

Tiago Nascimento disse...

Agradeço em nome da AEESEL o apoio dado. Em resposta ao "Anónimo": essa questão foi levantada pela FNAEE em reunião com o Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior e a recomendação que é dada é que no início de cada ano todos os estudantes peçam bolsa para compensar depois estas situações. No entanto a AE vai averiguar junto da ESEL quais as possibilidades de apoio e vamos fazer pressão para que esta situação seja facilitada.

Saudações Académicas, estamos à vossa disposição para mais esclarecimentos.

Tiago Nascimento
AEESEL/FNAEE

Estudantes pela Enfermagem disse...

Joana Silva,

Dia 23 de Novembro (por lapso, no post foi indicado 23 de Outubro) realizar-se-á a introdução ao Ensino Clínico de Enfermagem de Saúde Comunitária e da Família.

Unknown disse...

será que podemos acampar a porta do centro de saúde?
alugar outra casa está totalmente fora de questão!
mas a ideia até é gira, e se a sic lá fosse era brutal...

Cogitare em Saúde disse...

O facto de haver estágios muito longe deve-se em parte à abertura excessiva de escolas de Enfermagem, que desregularam o mercado formativo e sua qualidade.

Se virmos a crise social e economica como factor importante como causa da não contratação de enfermeiros temos então o resultado final para uma formação sem emprego em solo nacional !

Bom estágio

CLE, 1ºano disse...

É caro? Sabe quando é que cada aluno gasta ao estado em média/ano? 4000€
Paga 1/4 do que gasta e ainda tem direito a bolsa.
Compare a propinas das universidades em espanha, por exemplo.
Compare tambem o ensino superior do deles com o nosso. No caso da enfermagem, nem sequer é licenciatura.